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Governo não vai divulgar informações sobre operações antiterrorismo em curso


O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general de Exército Sérgio Etchegoyen, assegurou neste domingo (24), no Rio de Janeiro, que os órgãos de inteligência não vão revelar informações sobre operações que estão em curso envolvendo a possibilidade de atentados terroristas na Olimpíada Rio 2016.

“Todas as possibilidades estão nas nossas mais altas preocupações, mas dados específicos sobre isso, nós não vamos dar”, afirmou, acrescentando que dados de operações “não se divulgam”. O general não quis comentar se outros brasileiros, além dos 11 já detidos por envolvimento com o Estado Islâmico (EI), estariam trocando mensagens sobre planejamento de atos terroristas e compra de armamento.

Em entrevista após solenidade que marcou o início oficial do trabalho das Forças Armadas na defesa e segurança dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, no Palácio Duque de Caxias, Etchegoyen disse que a lei antiterrorismo estabelece o limite dos atos preparatórios para que os fatos sejam divulgados. A decisão de tornar públicas as informações sobre elementos com suspeita de envolvimento com o terrorismo caberá sempre à Justiça, afirmou

O general de Exército Fernando Azevedo e Silva, titular da Coordenação Geral de Defesa de Área (CGDA) e comandante do Comando Militar do Leste (CML), admitiu que desde a experiência do Brasil na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Rio 92), nos Jogos Panamericanos, em 2007, e com o surgimento do Estado Islâmico, em 2014, muita coisa teve de ser aperfeiçoada em termos de segurança brasileira, para prevenir a atuação do terrorismo.

Silva afirmou que o aparato dos eixos de inteligência e a parte de segurança pública e defesa “estão mais robustos do que os outros. É uma adaptação aos novos tempos”. Na Olimpíada, que é o maior evento esportivo do mundo, o parâmetro é macro, acentuou, e a ele se junta a preocupação com o atual cenário global. Nesse sentido, disse que o planejamento está de acordo com esses novos dados, tanto da parte de inteligência, como da parte de prevenção ao terrorismo e de defesa.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse que há um compartilhamento de informações e interação entre órgãos de inteligência de todo o mundo. “Essa é a primeira Olimpíada que terá o Centro de Inteligência com aproximadamente 100 países solicitando credenciamento para enviar representantes”. O Brasil está trabalhando com as principais agências de inteligência do mundo, entre as quais Estados Unidos, Rússia, França, Israel, Turquia, disse Jungmann, com as quais mantém um fluxo constante de informações. O governo brasileiro tem ainda uma troca de cadastro de identidade de pessoas que estão próximas ou tiveram no passado alguma ligação com grupos terroristas.

Jungmann destacou o trabalho de esclarecimento feito junto à população para prevenção e percepção de pessoas que mostrem atitude suspeitas que podem significar alguma ameaça de ataque terrorista: “Isso foi feito junto a taxistas, ao metrô, ao setor hoteleiro, categorias próximas que estão trabalhando com os Jogos Olímpicos”.
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